Foi um sucesso o I Simpósio Maçônico

Foi um sucesso o I Simpósio Maçônico da 3.ª Região da Sereníssima Grande Loja Maçônica do Estado do Pará, realizado aos 10 de agosto de 2024, em Marabá. As coisas, os objetos, as pessoas e as diversas situações têm lado ou, melhor dizendo, têm formas diferentes a depender da perspectiva do observador. Quem está no Oiapoque diz que o Brasil termina no Chuí, quem está no Chuí vê e pensa diferentemente. Claro que eu já disse e escrevi isso antes, mudando o que deva ser mudado ou mutatis mutandis, como gostamos de dizer na linguagem jurídica. Meu método. Eu sou mesmo, propositadamente, repetitivo.

Tanto uma coisa quanto a outra – o emprego aqui e acolá do latim e a repetição de assunto –, por incrível que pareça, desagrada a alguns. Espero que não sejam muitos, mas há quem não goste disso. Não gosta do latim nem da minha repetição propositada de assuntos. Ah, que se danem! Escrevo para quem gosta. Que os que não gostam fiquem à vontade para não gostar. Por mais trivial que seja dizer isto, que eu nunca tenha o desejo tolo de agradar a todos. E que se alegrem comigo os que gostam das minhas insignificâncias literárias! 

Gosto de citar a irônica e nostálgica comunicação epistolar entre o ex-regente do Império padre Feijó, como revoltoso, e Luís Alves de Lima e Silva, então barão e futuro duque de Caxias, como comandante do Exército, na revolta liberal paulista de maio de 1842. Feijó escreveu: “Quem diria que o Sr. Luís Alves de Lima e Silva seria obrigado a combater o Padre Feijó? Tais são as coisas deste mundo!” E Caxias, de pronto, lhe escreveu como resposta: “Quando pensaria eu que teria de usar a força para chamar à ordem o Sr. Diogo Antônio Feijó? Tais são as coisas deste mundo!”

Citei o episódio na crônica “Tais são as coisas deste mundo”, que publiquei no Recanto das Letras, em de 18 de maio de 2017. E, dentre tantas outras vezes, ontem o relembrei durante a palestra do Presidente do Tribunal de Justiça Maçônico da Grande Loja Maçônica do Pará, irmão Etelvino Quintino Azevedo, no momento em que se falou da objeção geralmente levantada pelo acusado sob julgamento, quando chama a atenção para o fato de sermos irmãos. Foi, mutatis mutandis, o que fez Feijó na carta enviada a Caxias. E a resposta de Caxias é a que deve ser dada pelo juiz do tribunal maçônico.

O evento, para o bem do maior interessado, que somos nós, os jurisdicionados, foi um sucesso. Parabéns ao nosso Sereníssimo Grão-Mestre, irmão Adonai Leitão, e ao nosso Eminente Grão-Mestre Adjunto, irmão Flávio Vicente Guimarães, na pessoa dos quais dou meus efusivos parabéns aos demais irmãos responsáveis pela realização e aos irmãos que puderam estar presentes! Parabéns às nossas lindas cunhadas, nosso apoio sempre! Sem elas, qualquer evento fica sem graça. Parabéns aos nossos sobrinhos e às nossas sobrinhas! E muito obrigado aos patrocinadores!